Foto: Diário de São Paulo
Eram 5h30, quando a artesã Simone Alves, de 41 anos, acordou e não encontrou o filho Bruno Alves, 23, em seu quarto. O desespero de mãe foi ainda maior, pois Bruno é um jovem com microcefalia. Ambos vivem na Vila Formosa, Zona Leste. Preocupada, ela nem imaginava que a 10 km dali, na Estação Alto do Ipiranga da Linha 2-Verde, na Zona Sul, três seguranças do Metrô o resgatavam.
José Rodrigues, Lucas Matsumoto e Douglas dos Santos foram os responsáveis pelo final feliz da manhã de Simone.
"A gente percebeu que ele estava um pouco perdido na estação, mas enfrentamos algumas dificuldade para ajudar, porque não conseguíamos entender o que ele falava", explicou Douglas, um dos agentes de segurança.
Já na Vila Formosa, Simone informava à polícia e também à SPTrans sobre o desaparecimento do rapaz. Bruno saiu apenas com um pertence em mãos: o Bilhete Único.
Enquanto a mãe buscava meios para encontrar o filho, os agentes passaram as informações de Bruno, que conseguiram também pelo cartão, para as centrais do Metrô e da SPTrans. "Foi o momento certo, porque identificaram na hora que as características faziam parte da mesma ocorrência", explicou Douglas.
Com a história e o final feliz, os funcionários seguiram com o jovem para a Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano), na Estação Barra Funda da Linha 3-Vermelha. Durante as quatro horas longe da família, Bruno aparentou estar tranquilo. O reencontro ocorreu por volta das 9h.
A mãe, no entanto, só conseguiu ficar tranquila e aliviada ao ver o filho pessoalmente. "É como tentar encontrar uma agulha no palheiro, você fica desnorteada. A cidade é grande e tem muita gente maldosa, infelizmente."
Para Simone, Bruno "fugiu" de casa porque, na quinta-feira, havia pedido para encontrar alguns amigos da igreja, mas ela não autorizou. "Estava muito tarde e achei melhor não deixar. Ele ficou estressado e ficou pedindo o Bilhete Único."
Considerados por ela os heróis do dia, a situação vai ficar marcada na vida dos agentes. "É gratificante poder ajudar, porque você fica angustiado como se fosse um familiar", confidenciou Douglas.
As informações são do Diário de São Paulo
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