quinta-feira, 29 de junho de 2017

Justiça do Trabalho determina operação de frota de Metrô em São Paulo em caso de greve na sexta-feira.

Decisão é do Tribunal Regional do Trabalho. No pico, frota deve ser de 80% e ora do pico, contingente deve ser de 60%.

Foto: Redes Sociais

O Sindicato dos Metroviários deve decidir em assembleia nesta quinta-feira, 29 de junho, de forma oficial adesão ou não ao Dia de Mobilizações, que deve ocorrer por iniciativa de centrais sindicais nesta sexta-feira, 30, contra as reformas Trabalhistas e da Previdência.

Entretanto, a entidade já deu a sinalização que pretende paralisar as atividades das linhas públicas do metrô.

A companhia do Metropolitano informou, porém, que conseguiu no início da noite desta quarta-feira, 28, decisão da Justiça do Trabalho, que determina 80% do efetivo operacional nos horários de pico, tanto da manhã como da tarde (das 6h às 9h e das 16h às 19h), e 60% nos demais horários.

Em caso de não cumprimento da decisão, o magistrado determinou multa de  R$ 100 mil ao Sindicato dos Metroviários.

O desembargador Carlos Roberto Husek atendeu parcialmente pedido do Metrô, que queria 100% da frota no pico e 70% nos demais horários e multa de R$ 500 mil.

É imperioso que se proceda a uma ponderação entre esse direito fundamental, conferido aos trabalhadores, e aqueles pertencentes à comunidade diretamente envolvida, de forma a minimizar o impacto negativo do movimento, sem prejuízo de sua efetividade como meio legítimo de que dispõe a categoria profissional para apresentar suas reivindicações”, afirmou o desembargador na decisão

Em nota, o Metrô diz lamentar a possibilidade de paralisação:

O Metrô lamenta a intenção do Sindicato dos Metroviários de aderir às mobilizações da sexta-feira, dia 30, contra as reformas trabalhista e da previdência, que estão tramitando no Congresso Nacional. A adesão à greve será definida pelo sindicato em assembleia marcada para amanhã.

 A Companhia convoca a categoria ao bom senso para que os usuários do sistema e a população não sejam mais uma vez prejudicados.  Para manutenção da garantia do direito de ir e vir da população, o Metrô acionou seu plano de contingência e entrou com pedido de Tutela Cautelar Antecipada junto a Justiça do Trabalho, que determinou 100% do efetivo disponível nos horários de pico e 70% nos demais horários.

A intenção do Sindicato dos Metroviários é não operar das 4h40 (horário das primeiras viagens) até zero hora de sábado, afetando os passageiros das linhas 1 – Azul (Jabaquara / Tucuruvi), 2 – Verde (Vila Prudente / Vila Madalena), 3 – Vermelha (Barra Funda / Itaquera) e 5 Lilás (Capão Redondo / Adolfo Pinheiro) e o monotrilho 15-Prata (Vila Prudente / Oratório), que só tem duas estações e está incompleto.

A linha 4-Amarela (Butantã/Luz), que é privada e não tem metroviários conduzindo os trens, que são autônomos, deve funcionar normalmente, como ocorreu nas ocasiões anteriores.

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