terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Estação do Metrô de SP não tinha seguranças quando ambulante foi morto

Os dois agressores identificados são Alípio Rogério Belo dos Santos e Ricardo Nascimento Martins

Foragidos

Os suspeitos Alípio Rogério Belo dos Santos e Ricardo Nascimento Martins tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça. Conforme informou o delegado Oswaldo Nico Gonçalves à GloboNews, os dois homens são primos, moram perto um do outro e beberam muito no dia de Natal.

As imagens das câmeras da Estação Pedro II mostram que tudo começou com a perseguição de dois homens a uma travesti. Ela passa por baixo da catraca, corre com os criminosos em seu encalço, mas consegue escapar. Em seguida, quem já aparece fugindo dos agressores é o vendedor ambulante. Ele, no entanto, cai e é atingido por repetidos socos e pontapés.

Ruas morreu no hospital e teve corpo velado no Cemitério Jardim Vale da Paz, em Diadema, na Grande São Paulo. Ele trabalhava há mais de 20 anos na saída de uma passarela para pedestres do lado de fora da estação onde foi morto.


Manifestação

Ativistas LGBTT, integrantes do Sindicato dos Metroviários e religiosos realizaram um protesto em frente às catracas da estação Pedro II do Metrô, na tarde desta terça-feira. Entre outras reivindicações, o grupo de manifestantes pediu justiça e mais segurança nas estações de metrô da cidade.

O Padre Julio Lancelotti estava entre eles e também sugeriu que a estação Pedro II, que compõe a Linha Vermelha, tenha o nome trocado para homenagear a vítima. "Na sexta-feira pretendemos formalizar essa proposta de que essa estação possa se chamar Luis Carlos Ruas", explicou o sacerdote.

A vereadora Soninha Francine, futura secretária de Desenvolvimento Social do prefeito eleito João Doria também participou do ato. "A gente não pode deixar que as pessoas se acostumem com a notícia e esqueçam. Infelizmente, é uma coisa que acontece com casos de violência. Daqui a pouco eles são substituídos por outros. A gente precisa manter aceso esse horror. Parece algo meio sádico, mas as pessoas não podem se acostumar e esquecer", disse ela.

As informações são do G1

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