quarta-feira, 19 de julho de 2017

Grupo tenta pular catraca do Metrô após protesto em SP e fotógrafos são agredidos.

Manifestantes tentaram pular catracas e seguranças reagiram. Houve tumulto e correria. Imagens mostram fotógrafo sendo agredido por funcionários do transporte público.

(Fonte: G1)

O protesto dos estudantes contra a restrição imposta pela Prefeitura no uso do benefício do Passe Livre Estudantil terminou com confusão e correria no Metrô, na noite desta terça-feira (18). Um fotógrafo que acompanhava o ato foi agredido por seguranças do transporte público.

Depois que o protesto foi encerrado, em frente à sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, alguns manifestantes caminharam até a estação Sé, do Metrô. Eles desceram a escada rolante e tentaram pular as catracas para não pagar pela viagem. Os seguranças reagiram e o tumulto teve início.

Os funcionários do Metrô usaram cassetetes para conter os manifestantes - alguns com os rostos cobertos. Imagens feitas pela equipe da GloboNews mostram as cenas de violência. Um cinegrafista diz que teve a câmera quebrada por um dos seguranças e um fotográfo acabou agredido por eles.

Do nada eu vi o segurança do meu lado levantar o cassetete e dar na minha cara. Ao questionar porque apanhei de graça, ele partiu para cima de mim. Começou a me dar cabeçada na cara e nisso os outros seguranças, para defender ele, vieram para cima de mim. Começaram a me empurrar e apanhei de todos os lados”, conta Rogério de Sanctis.

Em nota, o Metrô disse que cerca de cem manifestantes puaram as catracas da estação da Sé e que os seguranças agiram para conter o grupo. De acordo com a assessoria do transporte, um agente foi agredido e ferido durante a confusão.

A Polícia Civil informou que, ao todo, quatro pessoas foram levadas para a delegacia do Metrô. Elas passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e depois foram liberadas.

Fotógrafo foi agredido por seguranças do Metrô durante confusão na Sé (Foto: Reprodução/TVGlobo)
Protesto

Os estudantes se reuniram às 17h em dois pontos da Avenida Paulista: no vão livre do Masp e na Praça do Ciclista. Por volta das 19h, os dois grupos se encontraram e deixaram a via em caminhada até a Prefeitura pela Avenida Nove de Julho. Além da questão do Passe Livre, eles protestavam contra o programa de privatizações de Doria.

Com bandeiras e cartazes, eles gritavam palavras de ordem e cantavam músicas compostas com o mote do ato. "O Passe Livre, ele cortou. É playboyzinho que se diz trabalhador" ou "Não, não, à privatização, eu quero Passe Livre para a educação" eram alguns dos versos entoados.

A gestão municipal determinou que os estudantes poderão fazer quatro viagens durante duas horas e, num outro período do dia, mais quatro viagens durante duas horas. Antes, o estudante podia fazer até oito embarques no ônibus durante as 24h do dia.

O ato foi convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Paulista dos Estudantes Secundaristas e União Estadual dos Estudantes. "Espante o frio gritando", diz a convocatória divulgada no perfil do evento no Facebook.

Grupo pulou catracas e deu início a uma confusão no Metrô de SP (Foto: Reprodução/TVGlobo)
Restrição

Antes da redução, o estudante podia fazer até oito embarques no ônibus durante as 24h do dia. Agora, o estudante pode fazer quatro viagens durante duas horas e, num outro período do dia, mais quatro viagens durante duas horas.

O texto da decisão diz que considera “a real necessidade de deslocamentos vinculados à atividade escolar”. A publicação diz ainda que “as cotas poderão variar, conforme a frequência exigida pela instituição, de 10 cotas por mês para cursos que exijam uma presença por semana a até 48 cotas por mês para curso que exijam cinco presenças por semana.

A mudança nos passes foi publicada pela Prefeitura logo após o começo das férias escolares. A redução de horas de uso nos passes passa a valer a parti de 1º de agosto.

O benefício foi concedido em fevereiro de 2015 pela gestão de Fernando Haddad. Estudantes dos ensinos fundamental e médio matriculados na rede pública e estudantes de universidades públicas com renda familiar per capita menor que um salário mínimo e meio (valor nacional) têm direito ao benefício.

A Prefeitura de São Paulo informou que irá economizar R$ 70 milhões até o final do ano com a medida e que esse dinheiro será investido em educação.

As informações são da G1.

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