Trata-se do grupo Cintra-Ferrovial, que tem demonstrado interesse não só em comprar a parte das empresas brasileiras no consórcio, como também de buscar o financiamento do BNDES e retomar as obras.
Foto: Redes Sociais |
Em mais um capítulo da novela das obras da Linha 6-Laranja, o Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, veio a público ontem para dar um novo prazo para o imbróglio que envolve a retomada das obras. “Ou resolve neste mês de julho ou já será iniciado o processo de caducidade para fazer uma nova licitação”, disse o Governador.
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Agora a ameaça, já feita em ocasiões anteriores de rescisão do contrato com o Consórcio Move, responsável pela Linha, tem ao menos no fundo do palco a possibilidade de um socorro externo.
Sabedores de que uma rescisão contratual não resolve o problema de imediato, antes o posterga para uma longa disputa judicial, as autoridades do estado sinalizaram nesta terça-feira (4) com a possibilidade de um grupo espanhol assumir o contrato. Trata-se do grupo Cintra-Ferrovial, que tem demonstrado interesse não só em comprar a parte das empresas brasileiras no consórcio, como também de buscar o financiamento do BNDES e retomar as obras.
Clodoaldo Pelissioni, secretário dos Transportes Metropolitanos, disse em coletiva: “Esperamos que nos próximos dias a empresa chegue com uma proposta formal. Se ela não chegar, aí sim vamos abrir um processo de caducidade”, reforçando a ameaça expressa por Alckmin contra as atuais empresas.
Enquanto o socorro da cavalaria espanhola não chega, o governo de São Paulo verbalizou ontem um novo prazo – inadiável, garantiu Geraldo Alckmin – que expira no fim deste mês. É o tempo para a concessionária Move, responsável pela construção e operação da Linha 6-Laranja não só retomar as obras, paradas desde setembro de 2016, como atestar que tem condições de continuar os trabalhos.
Rescindir o contrato significa, na sequência, que o Governo fará nova licitação das obras, prazos que demandarão ainda mais incertezas no horizonte. Segundo Pelissioni, a rescisão do contrato abriria um prazo mínimo de seis meses para uma nova empresa ser contratada.
O consórcio, formado pelas empresas Odebrecht Transport, Queiroz Galvão, UTC Engenharia e o fundo Eco Realty, pode desistir de continuar com as obras, caso não consiga liberar o financiamento do BNDES. Segundo o secretário Clodoaldo Pelissioni, a Operação Lava Jato complicou a situação das empresas junto à instituição financeira.
A Linha 6–Laranja em sua primeira fase deverá ligar a estação São Joaquim, na Linha 1–Azul, a uma futura estação no bairro da Brasilândia.
Numa segunda fase será estendida da região da Rodovia dos Bandeirantes até Cidade Líder, na zona leste. Passará próximo a diversas faculdades, como UNIP, FMU, FGV, PUC, Mackenzie e FAAP, motivo pelo qual foi apelidada de “Linha das Universidades”.
As informações são do Diário do Transporte.
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