quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Metrô prevê obras no monotrilho da zona leste até 2020

Imagem Ilustrativa (Créditos ao autor)

Em mais uma mudança de planos nas obras da Linha 15-Prata do Metrô, o monotrilho da zona leste de São Paulo, a Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos promete executar as obras da Estação Iguatemi, uma parada além da Estação São Mateus, que seria a última da linha. A secretaria promete entregar São Mateus até março de 2018, enquanto Iguatemi ficará para 2020.
A mudança estará no edital que deve ser lançado ainda neste mês para estabelecer as regras da concessão do ramal à iniciativa privada. A empresa que vencer a licitação terá parte da renda da bilheteria da linha e, em troca, terá de manter a operação e a manutenção do monotrilho, o primeiro em funcionamento do País. A expectativa do governo é que o edital seja publicado até o fim do mês de janeiro. O assunto pautou a última reunião do Conselho Estadual de Desestatização do governo estadual.
O novo prazo se soma à série de atrasos do ramal, que deveria ir até Cidade Tiradentes, no extremo leste, com 18 estações. A obra foi prometida originalmente para ficar pronta em 2014. Há dois anos, alegando dificuldades técnicas, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) revisou a obra, que terá agora 11 paradas e deveria ser concluída em 2018. O trecho entre as Estação São Mateus e Cidade Tiradentes vinha sendo descrito como “não prioritário”. A extensão até Cidade Tiradentes continua sem data.

Ás informações são do Jornal Estadão

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Fora do PAC, extensão da linha Verde do Metrô de SP é adiada de novo

Imagem Ilustrativa (Foto: Mario Lucas Musial)

Três projetos relacionados a mobilidade sobre trilhos de São Paulo foram retirados do PAC 

(Programa de Aceleração do Crescimento): uma parte da extensão da linha 2-Verde, do Metrô; a linha 13-Jade, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos); e a reforma ou adequação de 39 estações de cinco linhas, também da CPTM.

Sem verba federal, o início da extensão da linha 2-Verde foi suspenso por um ano em dezembro de 2015 e, agora, até dezembro deste ano.

O projeto prevê a extensão da linha 2 da Vila Prudente até a Dutra, cortando parte da zona leste. São 14,5 km de extensão e 13 estações, com previsão de atender a 1,5 milhão de passageiros por dia. A parte que estava no PAC – excluída em portaria publicada no “Diário Oficial da União” – era o trecho até a Vila Formosa.

Segundo o Ministério das Cidades, os projetos foram excluídos porque o “ente federado” – no caso, o Estado de São Paulo – não conseguiu “vencer as etapas necessárias para contratação”.

O Metrô, por sua vez, diz que apresentou à União todos os projetos para a expansão da linha 2-Verde “e aguardava a liberação de um financiamento de R$ 2,5 bilhões para iniciar as obras que já foram licitadas e contratadas”. Como o crédito não foi liberado, a companhia priorizou obras de linhas já em andamento.

CPTM

Dos dois projetos da CPTM retirados do PAC, um prossegue sem os recursos necessários: a reforma de estações da companhia em toda a Grande São Paulo.

Trem para o aeroporto vai ficar para 2018

Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, a companhia está buscando outras fontes de recursos para levar as obras adiante. Algumas são adequações,  e outras, modernizações dos pontos.

Excluída do PAC Mobilidade, a linha 13-Jade da CPTM, uma ligação sobre trilhos com o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), agora deve ficar pronta somente no ano que vem.

Em maio de 2012, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) havia afirmado que a linha 13-Jade ficaria pronta até a Copa, mas as obras só começaram no final de 2013, com previsão de entrega em 18 meses, ou seja, no primeiro semestre de 2015. Naquele ano, o Metro Jornal mostrou que o prazo havia sido prorrogado para 2017

A linha terá 12,2 km de extensão, fazendo conexão com a linha 12-Safira na estação Engenheiro Goulart, zona leste, e duas novas estações, incluindo uma ao lado do aeroporto. Deve atender a 130 mil pessoas por dia.

A Secretaria de Transportes Metropolitanos informou, em nota,  que as obras  estão sendo executadas com recursos financeiros obtidos junto à AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento) e ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento). “O cancelamento dos recursos previstos no PAC não afetará essa obra”, diz.


Ás informações são do Jornal Metro

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Liminar determina o Metrô pagar pensão à viúva de ambulante assassinado na estação Pedro II

Imagem Ilustrativa (Foto: Mario Lucas Musial)

O juiz André Augusto Salvador Bezerra, da 42.ª Vara Cível da Capital, determinou, em caráter liminar, que a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) pague pensão mensal de R$ 2.232,54 a Maria de Souza Santos, mulher do ambulante Luiz Carlos Ruas, assassinado em dezembro na estação Pedro II.

O valor estipulado, que corresponde ao rendimento médio que era recebido pelo ambulante, deverá ser depositado todo dia 20 de cada mês, já a partir de janeiro, sob pena de multa de 10%, informou o site do TJ – processo: 1001909-61.2017.8.26.0100.

O pedido de tutela de urgência foi ajuizado pela mulher do ambulante, que alegou ter sua subsistência comprometida após a morte do marido. O homem foi espancado até a morte ao tentar defender travestis de agressão no interior da estação Dom Pedro II.

O magistrado entendeu que o crime ocorreu dentro das dependências da estação do Metrô, cuja segurança, em princípio, cabe à empresa. “É certo que outras circunstâncias poderão ser verificadas ao longo do processo e que, em tese, podem elidir a responsabilidade do requerido; todavia, por ora, o que se tem nos autos é a notícia de uma falha na própria segurança oferecida”, anotou. “Necessário, pois, tomada de providência jurisdicional urgente, a fim de que a subsistência da autora não fique comprometida”, determinou.

O Metrô de SP deu a seguinte nota a reportagem:

 “O Metrô vai se manifestar após tomar conhecimento sobre o conteúdo da liminar.”

Ás informações são do Jornal Estadão

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Maior tragédia da história do Metrô completa 10 anos com sentimento de impunidade

10 anos após o acidente com cratera do Metrô, 14 são inocentados e familiares das 7 pessoas mortas não foram indenizados
A maior tragédia da história do Metrô de São Paulo aconteceu na tarde de 12 de janeiro de 2007. Minutos antes do desmoronamento, 25 funcionários abandonaram às pressas o canteiro de obras da Estação Pinheiros da Linha 4-Amarela do Metrô. As paredes cederam por volta de 14h, uma sexta-feira. Em apenas 1 minuto e 50 segundos, o desabamento fez o buraco atingir 80 metros de diâmetro e 38 metros de profundidade.
Uma das primeiras vítimas a serem engolidas pelo buraco foi o motorista da obra Francisco Sabino Torres, de 48 anos. Em seguida, foi engolida a Rua Capri. Três vítimas da cratera do Metrô estavam no micro-ônibus que passava por essa via: o motorista Reinaldo Aparecido Leite, de 40 anos; o cobrador Wescley Adriano da Silva, de 22 anos, e um passageiro, o funcionário público Márcio Rodrigues Alambert, de 31 anos.
Os outros mortos foram: a aposentada Abigail Rossi de Azevedo, de 75 anos, o office-boy Cícero Augustino da Silva, de 58, e a bacharel em direito Valéria Alves Marmit, de 37 anos, que caminhavam na calçada da Rua Capri, usada como acesso dos operários ao túnel em perfuração.
O GPS do micro-ônibus indicava que ele estava 28 metros abaixo dos entulhos. O veículo ficou reduzido a um bloco de sucata com 60 centímetros de altura. A primeira vítima foi retirada pelos bombeiros no quarto dia de buscas. O último corpo foi encontrado no 13º dia.
Após 19 meses de investigação, o Instituto de Criminalística, da Polícia Técnico-Científica, concluiu o laudo sobre as causas do acidente e apontou que problemas de efetivação da obra ocasionaram a queda das paredes do túnel.
Foto: Divulgação

O Júri
No dia 18 de julho de 2016 a Justiça de São Paulo inocentou os 14 réus do caso da cratera do Metrô. Após a maior tragédia da história do metrô paulistano, 14 pessoas entre funcionários do Metrô, do Consórcio Via Amarela e de empresas que projetaram a obra viraram réus pelo desabamento. O consórcio Via Amarela era formado pelas empresas Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.
Em decisão de maio de 2016, a juíza Aparecida Angélica Correia, da 1ª Vara Criminal, considerou estar provado que os réus não concorreram para a infração penal. O Ministério Público defendeu na denúncia que os funcionários foram negligentes. A denúncia cita que foram detectados problemas no túnel no mês anterior a tragédia e, na véspera, a decisão dos responsáveis pela obra foi por instalar tirantes – estruturas de reforço. A obra prosseguiu, porém, sem a instalação dessas estruturas.
A juíza afirmou que ficou provado nas provas que o acidente provavelmente aconteceria mesmo com a instalação dos tirantes. Disse ainda que não houve indício do acidente e que os responsáveis tomavam os cuidados necessários.
O Ministério Público de São Paulo recorreu da decisão da Justiça de inocentar os 14 acusados pela cratera do Metrô, o Superior Tribunal de Justiça ainda não se pronunciou.
Foto: Tuca Vieira/Folhapress
Familiares
Uma década depois, familiares informam que ainda não conseguiram refazer suas vidas, o valor das indenizações ainda não foram pagos, moradores da região que tiveram seu apartamentos condenados por conta de rachaduras, danos estruturais em seus apartamentos, entre outros ouviram a promessa da Prefeitura de São Paulo que iriam pagar o valor total correspondente a desapropriação dos terrenos, porém até hoje nenhum valor foi depositado. Indenizações recebidas, foram de eletrodomésticos e eletroeletrônicos que tinham dentro de suas casas e apartamentos.
Sete pessoas morreram no local soterradas, engolidas pela cratera que surgiu na obra, perdas irreparáveis, vidas perdidas e os supostos culpados pelo ocorrido foram inocentados pela Justiça de São Paulo.
O consórcio e a construtora responsável pela obra pagaram indenizações aos familiares das vítimas, porém não é o suficiente para reparar a perda, vidas que partiram em uma tragédia, os valores nunca irão diminuir a dor da perda.
Texto: Igor Roberto (Reportagem Mobilidade Sampa)


quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Justiça mantém suspensão do aumento da tarifa de transporte em SP


O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve, nesta terça-feira (10), a decisão liminar que suspende o aumento da tarifa de integração do sistema de transporte metropolitano, incluindo integranção ônibus + metrô/CPTM, bilhete único 24 horas e bilhete único mensal. O reajuste foi aplicado neste domingo (8).

Segundo o presidente do TJ, o desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, “no caso presente, a decisão questionada entendeu que a redução do desconto que beneficiava significativa parcela dos usuários do transporte público metropolitano, em especial aqueles que utilizam o sistema integrado, e que resultou em reajuste bem acima dos índices inflacionários, não foi devidamente justificada”.

De acordo com o Mascaretti, “faltou, em uma análise inicial, detalhamento técnico que demonstrasse a existência de situação fática autorizadora do reajuste nos patamares praticados”. Ainda segundo a decisão, "considerados os próprios fundamentos da ordem liminar, não há como aferir aqui que a sua manutenção representará irreparável impacto e prejuízo ao erário."

Alckmin afirmou no início da tarde desta terça-feira (10) que, para manter as tarifas do transporte público conforme determinou decisão judicial da última sexta-feira (6), precisaria ser notificado. No entanto, segundo ele, para recorrer da decisão, não.
 
"Se você tem notícia sobre uma ação judicial, não tem nenhum problema [se antecipar para] recorrer. Passei o dia inteiro aqui e não recebi [a notificação]", afirmou após receber o ministro da Saúde, Ricardo Barros. "[Por outro lado,] você precisa ser notificado para cumprir uma decisão", explicou.

Os reajustes no transporte metropolitano que entraram em vigor neste domingo (8) e foram mantidos mesmo após liminar:

Tarifa do Metrô: valor de R$ 3,80 foi mantido

Tarifa da CPTM: valor de R$ 3,80 foi mantido

Tarifa de ônibus: valor de R$ 3,80 foi mantido

Integração ônibus + Metrô/CPTM: aumentou de R$ 5,92 para R$ 6,80

Bilhete 24 horas (comum): aumentou de R$ 10 para R$ 15

Bilhete 24 horas (integração): aumentou de R$ 16 para R$ 20

Bilhete mensal (comum): aumentou de R$ 140 para R$ 190

Bilhete mensal (integração): aumentou de R$ 260 para R$ 300

As informações são do G1